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quinta-feira, 20 de outubro de 2011

O CORDEL E SUA ORIGEM

     






Resolvi trabalhar com os cordéis, após um momento de reflexão, onde percebi o tão pouco que eu explorava as rimas em minhas aulas. Então, iniciei pesquisas e fiz uma junção de atividades, cordéis e vídeos que colaboraram e muito no planejamento dessas aulas. Não tem nada de inovador nessas aulas, apenas  me aprofundei ao máximo, colhendo todos os tipos de informações, vendo e ouvindo as mais variadas composições para que pudesse conduzir minhas aulas com maior propriedade e, como recompensa, pude ver meus alunos interpretando esses cordéis de forma única comovente. Em breve postarei os vídeos dessas apresentações.
     Segue abaixo um pequeno resumo da origem dos cordéis:

  Originária de Portugal, onde os poetas eram denominados trovadores que, quando declamavam eram acompanhados por uma viola tocada por eles mesmos, onde a cultura do trovadorismo era apresentada para o povo cantando o amor, seus costumes e acontecimentos da época.
  Já no Brasil, ela é muito mais difundida no Nordeste, porém em grandes centros econômicos, como São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro, a literatura de cordel é uma poesia popular que surgiu primeiramente na oralidade e depois passou a ser impressa em folhetos rústicos, pendurados para venda em cordões, na forma de varal.


     Características: esquema de rimas, geralmente ABCBDB. E alguns poemas recebem ilustrações relacionadas aos versos. As estrofes podem ser de seis, oito ou dez versos, sendo que os de dez são os mais comuns. Os cordelistas recitam os versos com melodias acompanhados da viola, mas tambem declamam e fazem leituras entusiasmadas para cativar o publico e induzi-los a compra. Uma silaba métrica é chamada de pé, e para que o texto fique rimado de forma correta devem-se ter sete silabas poéticas cada verso, e evitar o chamado “pé quebrado”, mas há os que têm seis, oito, dez ou doze sílabas.


     No Brasil, prevalece a forma poética à prosa, preferentemente em redondilha maior(versos de sete sílabas contadas até a última tônica) e seis "pés" (versos), portanto a sextilha. As rimas ocorrem no segundo, quarto e sexto pés: ABCBDB.

         O Reino do Barro Branco 
         é defronte uma colina 
         cortada por quatro rios 
         de água potável e fina 
         fica nos confins da Ásia 
         bem perto da Palestina.

Livreto de cordel
Livretos de Literatura de Cordel.
     Confecção dos livretos: a fabricação dos livretos é praticamente manual e feita pelo próprio autor. Normalmente contem de oito a trinta e duas páginas, que medem 11x16cm, a maioria é confeccionado artesanalmente, mas há poetas que tiveram seus livros publicados por editoras como Leandro Gomes de Barros e João Martins de Atahyde, que vendem e reeditam os livros.A capa é feita em xilogravura, que é um trabalho artesanal onde sua matriz é de madeira, um processo idêntico ao de um carimbo. Mas a capa também pode ser uma foto ou um desenho que resuma o texto, mostrando o principal da obra.


     Temática: é basicamente voltado para acontecimentos do cotidiano, contando historias de amor, luta, crenças populares, mistério, enfim é uma reflexão sobre a sociedade. É a maneira de expressar a originalidade de um povo, de uma terra, dos costumes e da luta diária em busca da felicidade e do fim da fome e da miséria em que vivem.
É vendido em feiras e bancas de jornal, revistas ou mesmo com o próprio autor, por ser de baixo custo é fácil de ser adquirido. Vale a pena conhecer mais sobre essa literatura simples, mas rica em conhecimento.

     Fonte: http://www.zun.com.br


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